Eco101 não resolveu: Prefeitura da Serra vai assumir trecho da BR-101 que corta o munícipio
A Prefeitura da Serra anunciou nesta semana que vai assumir todo o trecho da BR-101 que corta o município até o início de 2023. A municipalização da rodovia vai acontecer da seguinte forma: a Eco101 ganhará o Contorno do Mestre Álvaro de mão beijada – já que a obra é bancada pelos cofres públicos – e vai deixar de herança para o Município os mais de 30 problemáticos quilômetros da rodovia – que sofre com alagamentos, buracos, pistas não duplicadas, engarrafamentos e outras questões nunca solucionadas pela concessionária que cobra pedágio e administra a via.
Por um lado, a municipalização traz esperança aos moradores da cidade, já que todo o trânsito pesado que circula dentro da Serra será transferido para o Contorno do Mestre Álvaro, o que pode desafogar o trânsito da cidade. Não obstante, é necessário cautela, pois, o Município se tornará o principal responsável pelas agruras da avenida Mestre Álvaro (atual BR-101) e isso gerará gastos milionários aos cofres públicos.
Inclusive, a administração municipal já está planejando cinco obras de melhorias por toda a BR-101, mas nenhuma resolverá os problemas crônicos da rodovia. Entre os principais, podemos citar os infernais alagamentos que ocorrem em diversos trechos da futura avenida municipal.
Mas sobre esta situação, a Eco101 não esconde seu posicionamento. A concessionária insiste em jogar a culpa na Prefeitura da Serra, assumindo, inclusive, que não tem planos para solucionar a situação.
Além de herdar este problema, a Prefeitura também se envolverá em um imbróglio do ‘Trevo da Morte’, em Cidade Pomar. Palco de constantes acidentes, o trecho deveria contar com um viaduto há anos, mas sequer possui recapeamento.
O mais justo é que, ao ganhar o Contorno, sem custos e novíssimo em folha para sua exploração, a Eco101 assuma as responsabilidades de entregar o trecho da BR-101 em boas condições.
Não é justo que o contribuinte serrano – que batalha diariamente para sustentar suas famílias e paga pedágio para a concessionária há oito anos– tenha que bancar as obras que, provavelmente, a administração municipal terá que realizar para corrigir os erros e oferecer melhor mobilidade urbana aos moradores.
Reprodução Jornal Tempo Novo
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